Espectador e protagonista da história do rock brasileiro, Arnaldo Brandão tem muito o que contar. Ele era pouco mais que um adolescente quando começou a tocar com os Bubbles, sensação dos bailes cariocas, escalada para acompanhar Gal Costa em seu show tropicalista de 1970.
Encontrou com Gilberto Gil e Caetano Veloso no festival da Ilha de Wight, na Inglaterra, trazendo de volta amplificadores que deram potência à nova encarnação, mais hard rock, dos Bubbles: a Bolha. Viveu com Mick Taylor (Rolling Stones) em Londres, tocou e gravou com Raul Seixas, Jorge Mautner, Luis Melodia e Doces Bárbaros entre outros e fez parte da Outra Banda da Terra de Caetano Veloso até formar, no começo dos anos 1980, o grupo de funk-reggae-soul Brylho.
Dono de sua própria trajetória, Arnaldo montou em seguida a banda Hanoi-Hanoi, que estourou no auge do movimento de rock brasileiro, em 1986, com “Totalmente Demais” – canção sua em parceria com Robério Rafael e o poeta Tavinho Paes, mais tarde regravada por Caetano como faixa-título de seu LP ao vivo. Além disso, foi parceiro em importantes músicas da época, como “Noite do Prazer”, “Rádio Blá “ e “O Tempo Não Para”.
Depois de gravar cinco álbuns com o Hanoi-Hanoi, Brandão inicia carreira solo com o CD “Brandão e o Plano D” (2001), “Ao Vivo” no Espaço Sérgio Porto (2003), “Amnésia Programada” (2010) além de ter pilotado o CD da volta da Bolha em 2006.




